quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Primavera EBM


Dizer que o Simbolo é uma das forças criativas da EBM é desnecessário e não faz jus a seu talento. Basta escutar o trabalho do grande Martin Neto para testemunhar criatividade, inspiração, e vocais matadores aliados a uma eletrônica pesada, mas melódica.

E como todo grande artista ele produziu um trabalho que é sua obra-prima, sua descoberta primorosa. Não que ele não possa produzir coisas tão boas no futuro, mas acontece que certos trabalhos são marcos divisores pelo impacto, criatividade, inovação. Bem, no caso do Simbolo este trabalho é o disco de estréia: "Le Sacrê Du Printemps" (Cri Du Chat/Subtronic, 1993?).

Eu até tenho os outros trabalhos do Simbolo em CD ("In the Danger Zone" e "Music From the Masses"), aos quais eu costumo fazer incursões auditivas de tempos em tempos, tentando sacar nuances e texturas na música que por acaso tenham me passado despercebidas, mas meu predileto é justamente o disco de estréia, por ser simplesmente perfeito! Todas as faixas marcam e o vocal de Martin - assustador, agressivo e original - impõe uma impressão digital ao trabalho que é indelével. Músicas como "Winnable War" (minha predileta) são meus clássicos pessoais.

Infelizmente, este disco saiu de catálogo há muito tempo. Tentei conseguir a versão em CD (tenho os mp3) em um site alemão de discos raros, mas não obtive sucesso. :-(

Fiquei chateado pacas, pois eu só gasto dinheiro em CDs, hoje em dia, com trabalhos de artistas que eu realmente gosto. E mesmo alguns deles (Nick Cave, por exemplo) eu não me arrisco a comprar se vejo que o artista/banda está num período de 'entressafra' criativa. Agora, Simbolo é diferente: este disco é um presente de um grande artista ao fãs de música eletrônica de todo mundo. Espero que o Enéas Neto (que foi um dos donos da Cri Du Chat) possa reeditar esse trabalho no futuro, talvez pela FiberOnLine. Ainda tenho esperança de ver 1o. trabalho do Simbolo dando as caras de novo.



Uma Opera em sintonia fina

Esta semana eu finalmente instalei o navegador Opera na máquina do meu serviço. Há anos que ouço falar deste navegador, mas nunca me interessei muito por ele, talvez por puro preconceito de imaginar que fosse tão ruim quanto o Konqueror. E infelizmente devo admitir que esta experiência não foi motivada tão somente por 'curiosidade nerd', mas porque tenho andado insatisfeito com o Firefox, que anda cada vez mais inchado de plugins, lento e não confiável.

Mas voltando ao Opera ... eu adorei !!! A rapidez com que ele renderiza as páginas é fantástica. E é um software enxuto como foi o Firefox um dia. Gosto disso: softwares com features mínimos, mas extensíveis, que o usuário instala o que desejar e quando quiser. Nada de pacotões de software com 3.249 configurações diferentes e que são uma dor de cabeça pra baixar e iniciar (alô, pessoal do Eclipse!).

Ainda não tive tempo de usar o Opera extensivamente, mas suspeito que ele será meu navegador padrão em breve. Quaisquer usuário que também esteja insatisfeito com o Firefox deveria dar ao Opera uma chance.